A Universidade Federal Fluminense, por meio do Fab Lab Health, Science & Education, laboratório de fabricação digital situado no Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap), realiza no próximo dia 27 de fevereiro duas visitas guiadas com pessoas surdas visando aumentar o conhecimento desse público sobre as doenças cardiovasculares e suas formas de prevenção. O Fab Lab é uma iniciativa resultante do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (PDPA), fruto da parceria entre a UFF, a Prefeitura de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha (FEC).
O FAB LAB do Huap é um ambiente de fabricação digital, com foco na busca pela resolução de problemas por parte dos estudantes, composto por impressoras 3D, cortadoras a laser, equipamentos de montagem e computadores, através dos quais se idealizam e executam protótipos de produtos. Além disso, o intuito é desenvolver um trabalho inovador na área da educação por meio de uma colaboração com professores da rede de educação básica do município.
Dentre as ações de acessibilidade do FAB LAB, estão a impressão 3D de símbolos da língua de sinais para aumentar a conscientização, a criação de vídeos sobre as doenças cardiovasculares e sobre a pandemia – para explicar sobre a Covid-19 para pessoas surdas – e a publicação de um artigo sobre a necessidade de acessibilidade na saúde. O evento “Acessibilidade e saúde cardiovascular em um laboratório 3D: visita guiada” é a primeira ação de uma iniciativa mais ampla que visa trazer pessoas com necessidades específicas para conhecer o laboratório e interagir com os alunos e com a ciência.
“Há uma escassez de informações para as pessoas surdas e nossa proposta é promover uma maior acessibilidade. Ao chamarmos eles para a visita e usarmos a impressão 3D para facilitar a comunicação, esperamos estar aumentando a conscientização sobre o assunto e melhorando suas vidas. Muitos dos participantes serão alunos do Liceu Nilo Peçanha, então também esperamos estimular os jovens a se interessarem pela ciência, aproximando-os da universidade”, ressalta o professor Claudio Tinoco Mesquita, coordenador do laboratório.
