Sobre o projeto
O Projeto objetiva a realização de estudos envolvendo agricultura familiar, com foco nos sistemas agroflorestais (SAFs) como meio de geração de emprego e renda ligados a conservação ambiental. Através de suas atividades irá implementar a SAF em conjunto com agricultores, onde, ao longo de 2500 m², irão cultivar plantas medicinais, frutíferas e agrícolas em diferentes arranjos adequados.
O projeto busca alternativas produtivas, bem como tem o intuito de comprovar a sustentabilidade financeira dos sistemas agroecológicos locais. Visa, ainda, promover a agricultura urbana de forma social e economicamente sustentável, por meio de novas práticas alternativas de apoio à agricultura familiar, à melhoria da qualidade de vida de moradores de área periurbanas, contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.
O que foi feito até aqui
Foram selecionadas duas famílias para participar do projeto, sendo demarcada a área para instalação, identificada a mão de obra necessária para a implantação, identificados, listados e verificados os viveiros em condições de fornecer as plantas nativas de Mata Atlântica e as plantas medicinais. Além disso, foram atualizados os orçamentos de todos os equipamentos e instrumentos para coleta de dados ambientais, bem como feita a coleta de solos das áreas experimentais para análise química e física; identificado o fornecedor do adubo orgânico, atualizados todos os preços dos insumos e instrumentos necessários, bem como a adaptação às condições reais do projeto em campo.
A equipe realizou a limpeza e capina(roça) da área de plantio, de modo que foram plantadas culturas agrícolas, coletados dados do seu crescimento, além de preparado o solo para as condições de plantio das plantas frutíferas, medicinais e nativas. Ressalta-se, ainda, que o feijão e milho produzidos já foram colhidos, tendo sido realizadas as análises de amostras de solos.
As demais culturas plantadas (guandu e quiabo) não apresentaram resultados muito positivos, devido a baixa fertilidade e problemas de falta de irrigação, razão pela qual foi necessário fazer a correção do solo, visto que o plantio inicial apontou inúmeros problemas de fertilidade na área em questão.
Próximos passos
- Ministrar curso de capacitação para os produtores envolvidos;
- Prosseguir coleta de dados de parâmetros ambientais;
- Prosseguir com coleta de dados de parâmetros de crescimento das plantas;
- Elaboração de material para disseminação do conhecimento.
FICHA TÉCNICA
Secretaria Responsável: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARSH)
Duração: 36 meses
Valor do projeto: R$ 405.520,00
Departamento UFF: Engenharia Agrícola e do Meio Ambiente
Coordenador: Carlos Rodrigues Pereira
Público – alvo: Produtores agroecológicos, principalmente da região leste.
Onde atua geograficamente: Região Leste de Niterói
Políticas Intersetoriais que dialogam com o projeto:
ODS: 12 – Consumo e Produção Responsáveis; 15 – Vida Terrestre
Objetivo PPA 2022-2025: Promover a gestão sustentável dos recursos naturais, preservar a biodiversidade dos seus ecossistemas por meio de ações de recuperação e conservação ambiental, inclusive de forma a fomentar o desenvolvimento econômico social e sustentável na cidade e ampliar políticas de saneamento básico para população.
NQQ: O Projeto encontra-se inserido na área de Resultado “Vibrante e Atraente” ao fomentar modelos alternativos de produção de alimentos contrapondo ao desemprego, a insegurança alimentar, bem como a degradação ambiental causada pelo uso da terra. Nesse aspecto socioambiental, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) tem o potencial de gerar renda e produtos para consumo familiar (alimentos, plantas medicinais, matéria prima florestal), bem como de gerar oportunidade de trabalho, o que tem reflexos na melhoria da autoestima e diminuição da criminalidade entre a população da baixa renda.
Política Pública: O projeto dialoga com as ações da Coordenação de Agroecologia Urbana, que atua na implementação do Programa Municipal de Agroecologia Urbana de Niterói, instituído pelo Decreto 13.771/20, com o objetivo de desenvolver no município um setor economicamente produtivo, através da criação de sistemas alimentares ecoeficientes, rentáveis, inclusivos e saudáveis, atrelados a fatores ambientais e geoculturais inerentes à identidade da cidade, como estratégia econômica inovadora e garantia da sustentabilidade, soberania e segurança alimentar municipal. Uma de suas ações em andamento é a criação da primeira unidade produtiva modelo em agrofloresta, no Alto do Muriqui, em parceria com a UFF, pelo projeto Sistemas Agroflorestais e Produção Agroecológica, sob a gerência da Coordenação de Agroecologia Urbana, sendo acompanhado em campo por responsável técnico da Secretaria de Meio Ambiente.